domingo, maio 22, 2011

Resenha Crítica - "Pânico"

Título: Pânico
Título Original: Scream
Distribuidora/Produtora: Dimension/Miramax
Duração do Filme: 111 minutos
Gênero: Terror/Suspense
Diretor: Wes Craven
Atores Principais: Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette
Nota: 8,4

Wes Craven atingiu o ápice de sua carreira dirigindo Pânico, mostrando todo o seu talento com o gênero terror e modulando todas as estruturas para redefini-lo. Sua união com Kevin Williansom promoveu um resultado magnífico, intenso, inovador e muito bem planejado. Uma vez que a criatividade do roteirista é extremamente poderosa e totalmente voltada para o gosto extravagante dos jovens, onde cria um gênero totalmente diferente, o terror teen cheio de humor negro. Kevin sempre seguiu sua proposta cinematográfica, nunca fugiu de sua determinação e sempre trouxe atrações de 
sucesso além da franquia Pânico, como: Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (segue a mesma linha de serial-killer), a série Dawson’s Creek e Tentação Fatal que apesar de não ser tão famoso tem um ótimo roteiro e fascina a quem assiste. Portanto a dupla “diretor-roteirista” é a principal responsável pelo sucesso de Pânico, uma vez que a emoção e o suspense andam de mãos dadas.
Em 1996 no ano de seu lançamento, o filme não excedeu as expectativas do estúdio que o produziu, já que não alcançou uma alta bilheteria e repercussão. Só depois das divulgações e do re-lançamento que Pânico conseguiu ser reconhecido pelo mundo todo. Muitos conseguiram ver as verdadeiras intenções da produção do filme: mudar e inovar o gênero do terror, trazendo um roteiro bem elaborado, impactante e moderno. A receita do primeiro filme rendeu exatamente $173.046,663 no mundo todo e para satisfação de todos trouxe mais três filmes, sendo o segundo em 1997, o terceiro em 2000 e o quarto em 2011. Além de suas continuações, influenciou a história de vários filmes de terror lançados posteriormente, como Lenda Urbana, Eu sei o que vocês fizeram no verão passado e tantos outros que vemos nos dias de hoje.
Quanto à estrutura de Pânico pode-se dizer que é bem trabalhada e explorada. O cenário se adéqua ao ambiente das cenas, acentuando as técnicas do terror: medo e tensão. É claro que faltam algumas coisas, mas são quase imperceptíveis.
O elenco é muito bom e merece congratulações por suas atuações inesquecíveis. O trio protagonista, Sidney, Dewey e Gale já ficaram para a história assim como a incrível participação de Drew Barrymore que dá início a toda a saga. Digamos que a cena de abertura serve de “PILOTO” para todas as outras cenas de assassinato e perseguição de Pânico.
Casey Becker (Drew Barrymore) está sozinha em casa se preparando para ver um filme de terror quando é surpreendida por uma ligação cheia de perguntas e ameaças. Logo descobre seu namorado na varanda de sua casa e começa a responder um “jogo de perguntas” para salvar sua vida. Porém o assassino ataca e a mata do modo mais brutal possível. Depois de várias tentativas de fuga, a pobre Casey é estripada e dependurada em uma árvore na frente de sua casa. Neste início, Wes Craven foi cruel e mostrou que estava disposto em marcar presença, surpreendendo o público de todas as maneiras.
Sidney Prescott (Neve Campbell) é o alvo principal do assassino e é a personagem mais autêntica, inteligente, corajosa e determinada do filme e talvez até de todos os filmes do gênero. Mora apenas com o pai porque sua mãe, Maureen Prescott, foi brutalmente assassinada na cidade de Woodsboro, onde se passa toda a trama. É uma garota jovem e estuda na escola local com o seu namorado e todos os amigos. Tatum (Rose McGowan) é sua melhor amiga e, além disso, irmã do policial Dewey (David Arquette). Os outros personagens secundários são Randy(Jamie Kennedy), um jovem cinéfilo fanático por filmes de terror, Stu Macher(Matthew Lillard), namorado de Tatum e Billy Loomis (Skeet Ulrich), namorado da protagonista central e extremamente sombrio e misterioso.
O “primeiro encontro” do assassino com Sideny foi muito bem elaborado e é recheado de perseguições, tensão, suspense e ação. No cair da noite, a personagem recebe a chamada e é atacada em sua própria casa sem nenhuma chance de defesa. O que vale ressaltar é que o roteirista utilizou uma alegoria muito irônica e controversa, uma vez que a personagem diz ao telefone que não gostava de assistir filmes de terror porque sempre a garota que está sendo perseguida prefere usar as escadas ao invés de escapar pela porta principal, e por sinal, é o que ela resolve fazer durante a sua fuga.
Gale Weathers (Courteney Cox) é uma repórter que adora polêmica e faz de tudo para conseguir o que quer, utilizando toda a sua garra e determinação. Neste primeiro filme, ela é mais retratada com uma heroína mesquinha disposta a descobrir quem é o assassino e provar a inocência de Cotton Wearry, cujo personagem é acusado por Sidney de matar sua mãe. Deste modo, há uma séria rivalidade e oposição de idéias entre as duas. O fruto disso tudo foi um belo soco na cara que Sidney, já revoltada, dá no rosto da repórter ao sair de sua interrogação.
Dewey (David Arquette) fecha o círculo do trio protagonista e garante a atenção de quem o vê, devido ao fato de ser um pouco atrapalhado e nada dinâmico. Mas o que realmente preenche sua atuação é o fato de ter uma paixonite por Gale. Para os fãs da saga, este personagem fica um pouco excluído e distante de suas preferências.
As mortes que decorrem durante o desenrolar da história prendem a atenção e são muito bem desenvolvidas, dando margens para o clímax final. Além disso, o filme busca dar pistas falsas de quem seja o assassino e pode-se notar isso facilmente. Para aqueles que já viram o filme sabe exatamente do que estou falando, não é mesmo?
O ato final fica reservado para uma festa na casa de Stu Marker, onde ocorrem várias mortes, a revelação do(s) assassino(s), suas justificativas e apresentação das Regras de Sobrevivência em um filme de terror narradas pelo personagem Randy:
Regra 1: Você não vai sobreviver se fizer sexo.
Regra 2: Você não vai sobreviver se beber ou usar drogas.
Regra 3: Você não vai sobreviver se falar “Volto já”.
Regra 4: Todo mundo é suspeito.
Regra 5: Você não vai sobreviver se perguntar “Quem está aí?”
Regra 6: Você não vai sobreviver se sair para investigar um barulho estranho.
Pânico é divertido, assustador e surpreendente, arrancando vários elogios e sustos de quem o assiste. Vale a pena assistir e comprovar que a resposta para a pergunta do Ghostface “What’s your favorite scary movie?” é o próprio filme que você está vendo.

Comentários e críticas realizadas por Luis Guilherme

7 comentários:

  1. adoro scream 1
    msa o meu predileto é o 4 .

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  2. parabéns a quem escreveu essa.
    mas (8,4)??? pq??
    pelas suas justificativas ... seria um 10...
    o que ocorre??

    mas ta muuuito boa mesmo

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  3. Olá F-a-b-i,

    O filme criticado acima perdeu alguns pontinhos levando em conta alguns critérios técnicos (o lado estético, a sonoplastia, os efeitos e etc) além de desenvolvimento e sequência linear de ideias. Mas foi muito pouco mesmo, ok?

    Agradecemos a sua participação!
    MOVIES BR

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  4. ahhhh.... ok!
    realmente você segue uma exigência enorme! mas eu gosto disso.
    valeu por me responderem!
    vc já deu 10 para algum filme em sua vida??? vc é jovem (curiosidade)... srsrsrrsr?

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  5. pessoal...
    gostei de todos os panicos, mas acredito q nenhum deles tem o total ppder para superar uma "Sexta-Feira 13", "Silêncio dos Inocentes", "Halloween" ... mas tudo bem néahhh?

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  6. Muitooo boa mesmoo...
    iisso que é saber fazer uma critica... ta de parabéns Luis ;D

    apoiado ;D

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  7. sim´plesmente amo pânico...
    o melhor filme de terorq ja vi... quebrou barreiras com certeza
    !!!

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